sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ele me roubou de mim...

Estou de volta para confessar meus anseios, dividir meus medos e partilhar meus sentimentos - tão aflorados esses dias. Com isso vou entrar em um assunto do qual ainda não tinha falado aqui: o meu atual relacionamento.

Eu estou namorando, e isso já tem mais de 2 meses. Quem sabe, sabe; e quem não sabe, certamente vai acabar sabendo. Até porque eu não estou namorando sob sigilo, mas também não tenho dado muita manchete pra jornal. Enfim, é uma coisa que está acontecendo naturalmente...

Só que eu estou em um momento de muita inquietação e me sentindo extremamente desconfortável num lugar que parece não ter sido feito para mim. Vou tentar explicar:
à princípio, eu não esperava que essa relação fosse ser séria, que eu fosse me envolver tanto e me fazer achar que estou em um passo além daquele que eu deveria dar.
Me sinto demasiadamente apegada à ele, é um apreço que eu não imaginava sentir, e isso me angustia porque se tem uma coisa que eu não queria (quero) é me tornar uma namorada dependente, exagerada, e que gosta mais do que a medida certa. 
Não quero dizer com isso que exista uma medida correta para o Amor, mas a relação ideal ao meu ver é aquela em que os dois caminham juntos, onde você recebe aquilo que dá, e gosta na mesma medida que o outro. Equilíbrio. Estou cansada de saber que essa palavra quase não existe nas relações afetivas, mas não queria eu ser o lado da balança que pesa mais, entende?!  

Estou tentando pensar um pouco, refletir direito sobre o que está acontecendo, e estabelecer algumas medidas para que eu não me torne a que faz mais isso, a que faz mais aquilo, a que liga todo dia, a que quer estar o tempo todo junto, a que reclama por qualquer coisa, a que vive fazendo cobranças... Não sou assim, nunca fui, mas sei que estou assim agora e eu PRECISO usar algum tipo de freio para não sair atropelando tudo.

Não me sinto bem neste papel, e eu preciso me sentir bem para não passar isso pra outra pessoa. Insegurança, ciúmes, apego demasiado... eu juro que ainda não tinha sentido isso em nenhuma outra relação. E isso que me incomoda, saber que sinto tudo isso porque gosto dele além daquilo que um dia imaginaria poder gostar.

Alguém me ajuda?! hehe!

Bom fim de semana!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Adeus, Gabi!

Mais uma vida fenece neste mundo cruel. Uma vida de 23 anos, jovem, iluminada, alegre, que esbanjava um carisma contagiante. A Gabi se foi de uma maneira trágica... com a fatalidade de um acidente (ou irresponsabilidade) pesado.
Quem a via dirigindo ou pilotando não imaginava que ela fosse nos deixar, não nessas circunstâncias.
É tão estranho saber que eu não verei mais aquele sorriso, pensar que ela não estará no EJC conosco...


Mas temos a certeza de que Deus é um Ser onisciente, e que em Suas vontades há desígnios tremendos.
Estamos certos também de que Ele confortará nossos corações, dará consolo à sua família e nos fará sempre
lembrar de como Gabi era feliz.

Apesar de não sermos amigas próximas, a gente sempre sente muito essas perdas...











terça-feira, 10 de agosto de 2010

Lealdade x Fidelidade

Até as mulheres mais duronas que não se deixam abalar por nada ficam arrepiadas com as seguintes palavras: infidelidade e deslealdade. Mas até isso tem um motivo, afinal, quando se pensa em casar quer se fazer tudo a dois. E quando aparece uma terceira pessoa a situação complica. Mas será que ser desleal quer dizer a mesma coisa que infiel? Numa relação amorosa essas palavras assumem papéis diferentes…ou não? Abrimos o debate! O que você pensa?

Fidelidade é cultura
É certo que fidelidade tem muito mais apelo na nossa cultura, inclusive pela conotação sexual da expressão. “Se buscarmos lá atrás, em tempos mais remotos, vemos que fidelidade tem a ver com a virgindade das mulheres. Era a garantia que o homem tinha de que os filhos seriam realmente seus legítimos herdeiros”, conta o psicólogo e professor da PUC-SP Antonio Carlos Amador, autor do livro Ou eu, ou ela (Editora Harbra).
Acho que existem dois tipos de traição, a sexual e a moral. Nem sempre quem é infiel é desleal. Eu, por exemplo, perdoaria uma traição sexual, mas nunca uma deslealdade, que é quando você confia em alguém e este alguém lhe apunhala pelas costas
Mas antigamente, pasmem, ser fiel não era, digamos, de praxe em algumas sociedades. Os casais de Esparta, na Grécia, não davam a mínima para o adultério. Pelo contrário: ele era praticado sem pudores para combater o ciúme excessivo. E nem a Igreja Católica segurou as francesas de Savóia! Uma vez por ano, elas se reuniam para visitarem tabernas e se encontrarem com outros homens. Todas, atenção, com o consentimento dos respectivos maridos.
Mas os tempos mudaram. Falar, hoje, em traição, seja como contrário de fidelidade ou de lealdade, é quase como provocar uma centelha num terreno altamente inflamável e explosivo. Por outro lado, a psicóloga Maria Alves Bruns (sexualidadevida.com.br) explica que fidelidade e lealdade têm muito mais a ver com o pacto que o casal estabeleceu para si do que com qualquer outra coisa. “Ser fiel e ser leal são dois atributos complementares que andam sempre de mãos dadas. No meu entendimento, para ser leal é preciso ser fiel e vice-versa”, diz a psicóloga. Mas ela admite que nada no mundo dos relacionamentos amorosos é tão simples assim e que tudo depende do modo como o casal acerta certas regras da relação.

O que eles e elas pensam
Para Elaine Cristina Pires, advogada, há toda a diferença do mundo entre uma coisa e outra. “A fidelidade diz respeito ao relacionamento, enquanto a lealdade é um sentimento maior e mais individual”, explica. Ela acredita que, para uma pessoa ser leal à outra, é preciso, em primeiro lugar, ser leal a si mesma. “Acho que a lealdade vem antes de tudo, porque alguém pode ser infiel, mas leal, como também pode ser completamente desleal, sem nunca ter sido infiel”, opina Elaine Cristina.
“Leal a si mesma e infiel ao outro? Então é possível trair, mas continuar sendo leal ao casamento?”, indaga Kátia Santana, administradora de empresas. “Isso, a meu ver, não existe. Quando a pessoa é infiel, de tabela acaba sendo desleal. Quando se trai um amigo ou um amor, você está sendo infiel e desleal: infiel com o amigo ou parceiro, e desleal consigo mesma”, defende.
Fred Peixe, autônomo, discorda. Na opinião dele, fidelidade tem mais a ver com interesses sexuais e lealdade está relacionada a valores, personalidade, caráter. E confessa: “Sou casado há 25 anos, louco apaixonado pela minha esposa, entretanto acho que ela não tem mais atração sexual por mim. Sou um homem saudável, preciso e tenho vontade de ter uma vida sexual ativa, então às vezes fico com outras mulheres, mas nada sério – e nem quero! Vou terminar meus dias com a minha esposa”. “Acho que não sou infiel, sou?”, completa.
Situação parecida mexe com a vida do empresário Marcos Lopes*, um homem casado, sim, mas só até pisar em seu escritório. Lá, Marcos não se intimida: assiste a filmes pornôs e solta todas as suas feras em cima de quem ele está interessado. Para ele, rapidinhas no escritório não são traição e só seriam se ele levasse as mulheres para o motel. Segundo Marcos, que apesar de se considerar leal ao casamento enfrenta dilemas de consciência, a carne é fraca.
De acordo com o psicólogo Antonio Carlos Amador, isso reflete bem a nossa sociedade. Entre lealdade e fidelidade, ele conta que as mulheres em geral ficam com a lealdade, porque aprenderam, por um processo cultural, a relevar a traição carnal do marido. “Não viu o que a mulher do Renan Calheiros disse por esses dias? ‘Não sei como ele foi cair nessa’, mas perdoou. A culpa sempre recai na amante e não no marido”, diz o psicólogo. De acordo com ele, o problema é quando o homem dá afeto à outra. “Para a maioria delas, aí sim é deslealdade”, diz Antonio Carlos. Já o homem tende a se preocupar mais com a fidelidade sexual. “É inconcebível que a mulher tenha prazer com outro”, afirma Antonio Carlos.
Mas Fred Peixe, por exemplo, diz que nunca perdoaria sua mulher se ela colocasse nele um par de chifres. “Acho que existem dois tipos de traição, a sexual e a moral. Nem sempre quem é infiel é desleal. Eu, por exemplo, perdoaria uma traição sexual, mas nunca uma deslealdade, que é quando você confia em alguém e este alguém lhe apunhala pelas costas”, afirma. De acordo com ele, ser fiel sexualmente mas tentar sabotar o parceiro de alguma outra forma é o que há de pior numa relação.
Pois é, ao que parece, é possível ser fiel e leal, infiel e leal, fiel e desleal e infiel e desleal. Confuso, não? O tema é mesmo complexo, mas acontece que para descomplicá-lo é simples: basta conversar.

Acordos, regras e compromissos
“Todos os relacionamentos existem com base em pactos de confiança”, ressalta a psicóloga Maria Bruns. Segundo ela, o casal deve estabelecer quais são as regras do jogo. “Isso porque, afinal, o que é infidelidade ou deslealdade? Trocar olhares, paquerar platonicamente, marcar um encontro, trocar beijos?”, pergunta. E elucida: “Depende do casal e do compromisso que cada um tem com o parceiro”.
Selados os acordos entre o casal, qualquer ruptura pode ser considerada uma infidelidade. “O infiel é aquele que não cumpre o que foi combinado”, explica Antonio Carlos Amador. “E quem é desleal mente, é desonesto, não é sincero, o que configura a traição”, completa. Maria Bruns confirma: “Traição é aquilo que você faz sem o outro saber, às escondidas, quebrando o compromisso de lealdade”.
Para muitas pessoas, a lealdade é importante porque ela tem a ver com amizade e cumplicidade. “Se o relacionamento sobrevive ao tempo, se o sexo deixa de existir ou não existe com tanta freqüência, outros sentimentos, como amizade e lealdade, acabam por manter unido o casal que se ama”, acredita a advogada Elaine Cristina.
Portanto, se o casal decide estabelecer novos pactos, como o de relacionamento aberto, se permitindo escapadinhas extraconjugais, então estão sendo leais e fiéis ao que combinaram. Às vezes lealdade é, também, ver que a relação não está mais dando certo e partir para outra, sem correr o risco de trair ou de machucar alguém, de repente você mesma.
Fidelidade, lealdade… A lição que fica dessa história toda é que o importante é, acima de tudo, verdade e respeito.



Fica a pergunta:

Ser fiel ou ser leal?!
 


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