terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Há os Amigos, e os que se DIZEM amigos

Nos últimos dias, sem querer, quase inevitavelmente, descobri que eu convivo com gente que faz a linha "oi amiga" e "massageia as minhas costas" quando estou offline. Massageia as minhas costas leia-se, "fala mal de mim". Eu sempre soube que nem todo mundo que convive comigo é meu amigo, e que nem todo mundo que se aproxima de mim é confiável. Assim como eu sei desde que o mundo é mundo que as pessoas adoram falar mal da vida alheia, mesmo que esse alheio seja quem sai com você pra ir ao cinema.


Eu tenho amigos de infância, amigos de ordem familiar, amigos da igreja, amigos da faculdade, amigos do trabalho... amigos? Péra... Nem todo mundo é meu amigo, os meus amigos de verdade eu posso contar nos dedos e ainda sobra um monte pra eu apontar pra você. Bom, eu tenho uma amiga de infância, uma amiga da adolescência, uma amiga do fundamental, uma amiga-prima, e uma amiga que ganhei de brinde. Eu até posso mudar de idéia daqui uns tempos, mas até agora eu posso chamá-las de AMIGAS, pois a nossa história foi constrúida, galgada de modo respeitoso. E aquelas pessoas do seu círculo, que fazem social com você e que te marcam nas fotos do Facebook? Outra história.


Sempre fui muito visada, aonde quer que eu esteja. Talvez pelo meu jeito expansivo, talvez por ser muito espontânea, talvez por não ser uma pessoa diplomática, que faz a linha "coloca essa máscara de esmerada".

Eu sou humana, e não do tipo que banca a "divina". Por isso tantas pedras vindo na minha direção. Dos que estão longe de mim, que não conhecem uma das minhas qualidades, e que apenas supõem como eu vivo a minha vida, tudo bem. Eu relevo! Agora, de quem sai comigo, de quem me ouve, de quem compartilha momentos aprazíveis ao meu lado, não acho justo. Não mesmo.


A abertura na relação de amizade ou coleguismo é pra isso: sentir-se à vontade para dizer o que pensa, encontrar brecha pra fazer um alerta, e puxar a orelha, se for preciso. Quando você aproveita minha ausência pra se juntar a outros colegas e me condenar, eu já penso que você é medíocre, enganoso.


Eu não dou muita bola pra certos tipos de falatórios, e deixo que pensem, que digam, que falem, pois se tem alguma coisa que a vida me ensinou é que eu nunca vou conseguir contentar todo mundo, e estou certa de quem sou. Ponto.

Mas eu devo confessar que me indignei com a revelação que tive, porquê se decepcionar com um "amigo" é sentir uma dor na alma. Sabe aquela história de que se "você tem um amigo tem um tesouro e que um amigo vale mais que um pote de ouro"? Então, que porra de amigos são esses que não sabem nem tomar partido de mim, e como se não bastassem ainda ajudam no falatório? Sacanagem.


O fato de eu não ter coragem de agir de um modo com alguém me faz crer que esse alguém também não vai agir desse modo comigo, e é aí que eu me lasco. Nem todo mundo é confiável. E eu imagino se fosse intíma "desse povo", porque uma coisa é andarem comigo, outra coisa é eu abrir minha vida pra todo mundo. Eu não costumo fazer isso, e talvez se abrisse eles de fato, saberiam quem eu sou. Mas não devo satisfação a ninguém, e eles que se danem.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Você aqui comigo...

Um pouco mais de 5 meses, um pouco menos de 6. Não contei quantos dias exatamente, mas foi um espaço de tempo suficiente para nada ser mais como antes. Nada, a não ser a sensação de que aquela pessoa não se tornou uma estranha para mim. Ela parecia habitual, como se eu a tivesse visto um dia antes, mesmo sabendo que eu já não há via a quase meio ano. E isso sim foi estranho. Estranho não ter sido estranho. 

Quando você cria um vínculo com uma pessoa, quando se tem tempo de arraigar uma relação, fazendo com que ela seja firme, sólida e palpável, acho que acontece essa coisa, de passar o tempo que for e ela continuar sendo uma pessoa íntima pra você. Pelo menos EU
tive essa sorte.

Não tinha nada por dentro que me fizesse respirar fundo, meu coração não oscilava, eu não precisei conter qualquer tipo de nervosismo ou ansiedade. Foi tudo tão normal. Sem esperar, eu encontrei alguém que eu não tinha pretensão alguma de rever. E mesmo não sendo minha a suma pretensão, o resulto do (re)encontro foi extremamente positivo, pois eu percebi que de tudo só ficam coisas boas, que eu posso olhar de novo sem pesares, que eu posso abraçar com ternura e beijar com carinho.

Surpresas boas. Eu que imaginei frieza, me revelei macia. E encontrei a amabalidade de um homem lindo e cheiroso. Espontaneidade foi a palavra da noite, como se revela toda a minha vida: com toda a naturalidade do mundo.

Digo que foi tudo diferente e vou fazer vocês entenderem. Quando eu vou a um lugar pela primeira vez, é tudo inédito. E se eu for de novo depois de algum tempo, vai ser tudo novo também.  Eu não vou fazer exatamente as mesmas coisas, nem fazer o percurso feito antes.

Como diz Lulu Santos: "tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo no mundo..."

Que o tempo nos permita alguns reencontros sem culpas porque é bom sentir sempre mais uma vez.

 Um imprevisível acontece, e alguém te encontra. Te reencontra. Te reiventa.Te desperta. Te surpreende. Te reencanta. Te recomeça...

Que a vida te traga bons encontros (e reencontros).



      
 


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