terça-feira, 26 de abril de 2016

Eu conheci O cara.

Eu conheci um cara.
MA-RA-VI-LHO-SO
Dessa espécie que vc acha que é rara, quase inexistente.
Galanteador, educado, gentil, cavalheiro, e além de tudo
um pedaço de mau caminho - no melhor sentido do termo.

Ele me envolveu em seus braços no segundo encontro, e
eu não pude me desvencilhar dele em todos os encontros seguintes. 
Todos os dias meu celular tocava, e era ele. Em vários horários, de manhã, 
depois do almoço, antes de dormir. Me buscava no serviço vez ou outra.
Sem nunca se tornar cansativo. Era de uma agradabilidade sem tamanho. Por puro prazer.
Se algum contratempo me acontecesse, lá estava ele. O super homem,
era quase isso, botasse uma capa passaria desapercebido sendo
um herói. Todos os problemas que me aparecessem, ele prontamente resolvia.

Incapaz de me desapontar, era sempre cuidadoso com as palavras, e
de atitudes engrandecedoras. Mesmo que tudo não fosse bem, sempre
tinha um sorriso a me oferecer, ou um conselho pra eu levar pra vida, como
'toma água, Sam' ou 'pare de correr tanto com esse carro'. Eu sentia que os
meus problemas também eram deles, e eu achava isso o máximo. Ele se importava
com tudo o que dizia respeito a minha vida. Era uma parceria fechada.

Pensava que poderia se reproduzir vários exemplares desse homem, porque
toda mulher deveria se sentir cuidada, valorizada, admirada, e amada. E ele o 
fazia como NINGUÉM.

O conheci num sábado de manhã, na igreja.
Viúvo, 3 filhos. Boa pinta, elegante, cristão.
Fora isso, era alto, moreno e exalava sedução. Claro, que essa última
constatação eu não fiz na igreja - só pra deixar bem claro. Eu só fui reparar
nesse fator chamativo no segundo encontro, quando fui buscar minhas amigas
na casa dele após uma tarde de domingo. 

E o mais INCRÍVEL de tudo, ele não MENTIA. Podia surgir uma dura verdade
que encerrasse a nossa história como dupla, mas ele não deixava de ser límpido
e honrar o seu caráter, mesmo que fosse um fato chato e desgastante.

7 meses de clareza e transparencia que resultou no fim de um ciclo leve e consciente.
Porque quando se trata da vida do outro a gente realmente precisa de uma certa honestidade...

Hoje ele descansa no Senhor, mas a memória dele jamais morrerá. Pra dizer bem a verdade, 
ele está mais vivo que os que ainda não morreram.

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