terça-feira, 17 de maio de 2016

Canta passarinho!

 
Hoje eu adaptaria um pouco o poema de Gonçalves Dias, e diria "as aves que lá gorjeiam, gorjeiam demais..."

Você está a 500 km's de distância, outra cidade, outro estado.
E ainda assim, os passarinhos continuam cantando. Cantam de lá, e cantam tão alto que dá pra ouvir daqui. E não são sons melodiosos, são sons maldosos. É quase um apito, desses que doem no ouvido.

Jesus, cuida desses passarinhos. São aves maldosas, que nem sabem direito o que cantam, dá a esses melhores voos, que alcem lugares mais bonitos, mais altos e que seus sons sejam músicas para quem os ouve. E não esse som estridente
que causa barulho e estardalhaço. Eles não sabem o que contam, ou melhor, o que cantam. 

Amém! 

 

sábado, 14 de maio de 2016

Duas Semanas e Meia

Doida pra voltar pra casa.
Doida pra ver meus cães.
Doida pra encher o meu filhote de beijos e fazer muita graça.
Doida pra entrar no meu quarto.
Doida pra dormir na minha cama.
Doida pra dirigir o meu carro.
Doida pra ver minha tia-avó.
Doida pra botar o papo em dia com minhas amigas.
Doida pra ver praia.
Doida pra fofocar com minhas primas.
Doida pra retocar meu loiro.
Doida pra procurar um vestido novo.
Doida pra percorrer meus caminhos de sempre.
Doida pra mudar meu treino.
Doida pra matar saudade de quem me adora.
Doida pra ser doida mais uma vez.
 
Doida pra pegar estrada.
Doida pra dizer "cheguei, São Luís!"

Aqui tá muito bom, sobretudo porque minha mãe chegou ontem.
Estamos curtindo o Benício, mas não tem lugar melhor que a nossa casa.
 
 
 



domingo, 8 de maio de 2016

Namore alguém que namore com você

Nunca namorei sozinha. Sempre namorei com alguém que também namora comigo.
Diga-se de passagem, alguém que ME escolheu. Que quis logo me apresentar à família, que me pediu em namoro como manda a cartilha, que me esfregou na cara da sociedade, que com prazer segura minha mão por todos os lugares, que me inseriu na sua vida por completo. De A a Z. 
Amor não é unilatereal não, gente... do que adianta você encher a boca pra dizer que tem alguém se o cara nem namora você. E mais, ainda diz "sou comprometida há tantos anos". Oi? Comprometida com o quê? Com quem? Tá nem aí pra você, esfrega a mulher com quem ele tá até na sua cara num desses esbarrões que a vida dá. E você vê, mas finge de cega. Não adianta você sustentar uma relação se só você faz questão disso. Aí aceita amizade como bengala, uma espécie de salvação. Não tem jeito, né?

Parece até engraçado. Daí quando surge a oportunidade do cara falar da pessoa em questão que a todo custo tenta um espaço mais digno, ele a renega. Quem? Não, nunca! Isso não existe.

Quem está ao lado dele, quem vai aos eventos com ele, quem o acompanha é a menina que ele namora. E você, namora com quem mesmo? 
      

sábado, 7 de maio de 2016

A César o que é de César, e a Deus o que é de Deus



 


Justo: que é conforme à justiça, à equidade, à razão.

A gente precisa distribuir os pesos da vida de uma maneira equilibrada, justa.

Como disse Jesus: "dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".

Vejo muita gente por aí distribuindo pesos arbitrários para algumas coisas da vida,
apenas para enaltecer o próprio eu e não se sujar na sua própria lambança. Afinal, quem 
quer sair perdendo, não é verdade? Daí se enrola na sua exaltação, no seu egoísmo e na 
sua parcialidade. Porque ser imparcial é dar a cada coisa sua medida certa, e falta gente assim.

Para os parciais, eu entro com o velho ditado "dois pesos, duas medidas". Um ato
injusto, desonesto. Para pessoas que usam desse método, é melhor jogar sujeira no
outro, do que tomar um banho e se purificar de suas imundícies. Mas então, não cabe a mim
purificar ninguém pois isso é missão de Deus. Só vale ressaltar que encobrir erros é o mesmo
que construir sobre lixões. Em algum momento, o risco de explosão será real.

Uma dica: remova todo o lixo antes de construir algo.

A César, eu já dei-lhe o que era devido, com toda a minha retidão; agora é tempo de dar
a Deus o que é dEle, Somente dEle, e para Ele.


sábado, 30 de abril de 2016

E por alguns, nem era amor...

Encontrar alguém que me despertasse emoções intensas novamente, mas que, em contrapartida, não me obrigasse a um exílio, não me despatriasse de mim mesma.Aconteceria. Eu não tenho pressa. É cedo. 

Antes disso, eu precisava entender como é que se diz para um homem "eu te amo" com tanta transparência, com tanta integridade, e depois transfere essa frase para outro destinatário, com a justificativa de que isso é apenas o curso natural dos acontecimentos.

Em que momento o amor se desfaz, desaparece?

Quando era pequena, ouvia muito falar que o amor era para sempre. Ia a cerimônias de casamento e ficava emocionada. Naquela época, nem passava pela minha cabeça que fosse possível amar vários durante uma vida. Eu acreditava no amor único e indissolúvel. Inclusive achava muito transgressora aquela história de "até que a morte os separe": nem a morte poderia terminar com um amor verdadeiro.

Os versos de Mario Quintana tentatavam me explicar que o amor termina apenas para aquele que morre: quem sobrevive dedica-se a um breve luto e depois volta pra vida - e voltar pra vida quase sempre significa voltar a amar. Sendo assim, aos poucos fui relaxando e aprendendo que somos aptos a amar muitas vezes, de formas diferentes. Amamos A, amamos B, amamos C, e por alguns, nem era amor, e sim entusiasmo, e sabe-se lá de quantos entusiasmos somos capazes. Melhor desse jeito, amar com movimento, amar com todas as nossas capacidades, amores pequenos, amores tortos, amores retos, amores pra sempre, até segunda ordem.
[Fragmentos tirados de Fora de Mim - Martha Medeiros]

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Ao encontro de Benício

PARTIU!

Aos que ficam, boa sorte!

A titia aqui vai ali receber o Benício.

 



terça-feira, 26 de abril de 2016

Eu conheci O cara.

Eu conheci um cara.
MA-RA-VI-LHO-SO
Dessa espécie que vc acha que é rara, quase inexistente.
Galanteador, educado, gentil, cavalheiro, e além de tudo
um pedaço de mau caminho - no melhor sentido do termo.

Ele me envolveu em seus braços no segundo encontro, e
eu não pude me desvencilhar dele em todos os encontros seguintes. 
Todos os dias meu celular tocava, e era ele. Em vários horários, de manhã, 
depois do almoço, antes de dormir. Me buscava no serviço vez ou outra.
Sem nunca se tornar cansativo. Era de uma agradabilidade sem tamanho. Por puro prazer.
Se algum contratempo me acontecesse, lá estava ele. O super homem,
era quase isso, botasse uma capa passaria desapercebido sendo
um herói. Todos os problemas que me aparecessem, ele prontamente resolvia.

Incapaz de me desapontar, era sempre cuidadoso com as palavras, e
de atitudes engrandecedoras. Mesmo que tudo não fosse bem, sempre
tinha um sorriso a me oferecer, ou um conselho pra eu levar pra vida, como
'toma água, Sam' ou 'pare de correr tanto com esse carro'. Eu sentia que os
meus problemas também eram deles, e eu achava isso o máximo. Ele se importava
com tudo o que dizia respeito a minha vida. Era uma parceria fechada.

Pensava que poderia se reproduzir vários exemplares desse homem, porque
toda mulher deveria se sentir cuidada, valorizada, admirada, e amada. E ele o 
fazia como NINGUÉM.

O conheci num sábado de manhã, na igreja.
Viúvo, 3 filhos. Boa pinta, elegante, cristão.
Fora isso, era alto, moreno e exalava sedução. Claro, que essa última
constatação eu não fiz na igreja - só pra deixar bem claro. Eu só fui reparar
nesse fator chamativo no segundo encontro, quando fui buscar minhas amigas
na casa dele após uma tarde de domingo. 

E o mais INCRÍVEL de tudo, ele não MENTIA. Podia surgir uma dura verdade
que encerrasse a nossa história como dupla, mas ele não deixava de ser límpido
e honrar o seu caráter, mesmo que fosse um fato chato e desgastante.

7 meses de clareza e transparencia que resultou no fim de um ciclo leve e consciente.
Porque quando se trata da vida do outro a gente realmente precisa de uma certa honestidade...

Hoje ele descansa no Senhor, mas a memória dele jamais morrerá. Pra dizer bem a verdade, 
ele está mais vivo que os que ainda não morreram.

 


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