Lá vou eu, lá vou eu...

Há uma semana estava eu me preparando para o carnaval. Ou melhor, me preparando para ir à Barreirinhas me refugiar disso que chamam de carnaval. Particularmente, detesto essa folia, pois sei que os resultados dela são desastrosos. Parece mais o inferno. Enfim, e como todo ano fui pro retiro, que desta vez foi num povoado chamando Fazendinha, a uns 15 km's de Barreirinhas. A princípio, fiquei cambaleando entre ir e ficar. Não estava animada para a viagem, mas também não queria permanecer na cidade durante esses 5 dias.

Então, ia aproveitar a estadia lá para descansar e me divertir com os amigos. Bom, posso contar que acabei num lugar totalmente distante de tudo. Com dificuldade para acesso, sem nenhuma estrutura e por onde rondavam muitos bichos, tais como cobras, mosquitos (muitos, muitos mosquitos), e até vaca tinha lá, acredite!!!!!!! Inclusive uma cobra passou pelo meu pé quando eu voltava do rio dia desses e fui várias vezes picada por uns seres voadores. Mas isso tudo não me incomodou, tenho espirito aventureiro e gosto dessa coisa nova, que foge do meu dia-a-dia. A parte boa foi tomar banho de rio, sair um dia pra fazer uma trilha que leva ao caminho dos Lençóis e nos deliciarmos na Lagoa Azul. A propósito, nosso jipe atolou na volta porque era dia de muita chuva e a trilha estava bem alagada. Pense numa doideira?!. Muito boooom!!!!!!!!!

O diferente foi que me estranhei lá. Me estranhei comigo mesma, e até com as atitudes de uns próximos. Eu não me reconhecia. Estava fria, distante e parecia impessoal. Nem as pessoas pareciam lidar com a Samantha de sempre. Para quem não me conhecia, eu parecia mais uma idosa refletindo sobre as coisas da vida e até me excluindo das pessoas em dados momentos; já para quem sabe quem sou eu, estava "aziada" como diz Aline. Inclusive, quando voltamos, ela me confessou que eu estava irreconhecivel. Mas eu diria que meu "certo isolamento" se deu porque eu estava muito instrospectiva e analisando o comportamento de algumas pessoas em grupo. Diga-se de passagem, que certos comportamentos me desapontaram e talvez por isso eu tenha preferido ficar na minha.
Sabe quando você acha que está tão insuportável que se falar qualquer coisa as pessoas vão te odiar?! Ah, fala sério!... Todos sentem-se assim, quem não sente que atire a primeira pedra.
O chato é que as pessoas comentam e te cobram seu comportamento normal. Aí, eu penso: será que amigos são só para as horas em que estamos de bom humor e temos algo engraçado para falar?! Será que amigos só servem para estar com a gente na hora em que estamos dispostos e animados, prontos para qualquer parada?! Será que amigos de verdade não sabem respeitar seus momentos de silêncio e recolhimento?! Será que só porque você quer ficar quieto isso permite fazer seus amigos se afastarem de você, gostando da sua presença apenas quando está radiando de alegria?!..
Bom, eu não penso assim. Talvez por eu ser cheia de energia, animada e sempre disposta, as pessoas me cobrem mais essas peculiaridades. Mas eu não gosto desses questionamentos e cobranças, pois sei que as pessoas são cobertas de defeitos, são complexas e nem sempre tem disposição para tudo o que se encontra pela frente.
Eu queria muito que as pessoas respeitassem e soubessem conviver com esse meu lado mais escuro, mas já que não sabem, acontece o que aconteceu: fico introspectiva e na minha própria presença, porque tem horas que a gente não quer saber de gente... porque gente é chata pra cacete... tira-se por mim.

BOM FIM DE SEMANA A TODOS.
Depois posto as fotos da viagem. *;*