quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

7 Dias

No espaço de 7 dias muita coisa pode acontecer. Coisas boas, coisas ruins e até aquelas que te surpreendem. Neste curto espaço de tempo, pode-se sentir feliz, desapontado, animado, triste, impaciente, apaixonado... e ainda sobra tempo para ter outros ânimos também.

Eu fui ao céu e ao inferno; parti da euforia para o desapontamento num estalar de dedos. Mas a vida é assim. O fato é que não podemos ter tudo dela. Seria pretensão demais querer tudo, né?! Talvez a vida nem tivesse graça se tudo fosse programado de acordo com nossos mais profundos desejos.

Profundos desejos. Eu os tenho. Agora numa intensidade cada vez maior. E quanto mais sinto, mais me apavoro. Nunca escondi o meu grande desejo de um dia poder AMAR alguém, e de viver um grande amor com esse tal alguém (acho isso lindo), mas sempre fui ciente do medo que essa idéia me trazia. E do medo que ainda me traz. Estranho essa palavra soar de mim: MEDO. Eu que sempre fui tão corajosa. Mas se tratando de amor, é assim que eu me sinto. Totalmente vulnerável.

Pois bem, se reclamava que a vida nunca tinha me dado um grande amor, agora poderia então ser grata a ela, porque me trouxe aquele que eu julgo ser o homem dos meus sonhos. No sentido literal. Sim, eu sonho com ele todas as noites e é ele que eu quero para mim. Mas eu não me sinto agradecida. Quantas vezes preferi que ele não me tivesse feito descobrir este sentimento. Não agora. Podia ser num futuro próximo, quando eu estaria mais decidida, mais dona de mim e mais preparada pra encarar esse vulcão todo.

Vulcão que toda noite parece querer entrar em erupção.
As últimas noites têm sido tão estranhas, tão baixas, tão isentas de felicidade.
Os dias não, são mais corridos, me trazem mais afazeres e eu acabo esquecendo um pouco essa novidade que cada vez se mostra mais intensa dentro de mim.

Tudo ficou mais manifesto nesses 7 dias. Que foi quando "ele" decidiu ressurgir mantendo comigo uma longa conversa no msn cheia de revelações; que foi quando nos falamos por telefone mais constantemente; que foi quando senti uma abertura maior da parte dele com relação a mim; que foi quando combinamos de sair juntos - e que também foi quando ele infelizmente não se fez presente por motivo de força maior; que foi quando trocamos mensagens no anseio de nos falarmos nos momentos seguintes; que foi quando ficamos na expectativa de um encontro que parecia não sair; que foi quando ele fez um esforço por mim - o esforço de ir atrás de mim na casa da minha prima para finalmente nos vermos; que foi quando ele disse que eu sou PERFEITA. (nunca nenhum homem tinha dito isso: "vc é perfeita!"); que foi quando tudo parecia que ia sair...

E mais uma vez ficou entrelaçado, subentendido, confuso. O que se deve de fato a mim, a minha falta de respostas e de clareza. Quando eu mais preciso ser honesta comigo mesma, mais eu enterro minha cabeça na areia.

"Não amar é sofrer, amar é sofrer mais"

Um comentário:

Jalila Eos disse...

Não acredito que amar seja sofrimento maior do que não fazê-lo.
Amar é um estado de espírito. É a elevação de um sentimento a décima potência. É encontrar-se em outra pessoa. É a soma, o resultado de uma busca inconsciente nessa vida tão louca, tão atribulada.

sabes o que penso sobre isso mas vejo que, por mais que tu esteja apaixonada por ele (pq está sim e é óbvio), ao mesmo tempo não queres.
Pensa bem. Os dias estão passando, uma hora ele cansa e o tempo? não volta mais, Sah.

Decida-se.

Ah, e não sinta medo do novo, de pisar em um território antes desconhecido. É muito bom!

Bjos amiga

 


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