quarta-feira, 24 de junho de 2009

S'Avessa

Eu sei. Quantas vezes me detestei por fazer aquilo que prometi a mim mesma jamais fazer. Milhares de palavras foram quebradas pelo espírito indomável que não tem o controle da própria dona. Que prometeu quebrar os dedos. Amarrar as mãos. Qualquer coisa. Menos aquilo. Não, não ia cair no erro. Mais quantas vezes repetiria a ação que julguei altamente reprovável?! Digna de ser lamentável. Na verdade, era ridículo. Patético. Não sou patética. Algumas coisas que eu faço são. Quem não faz?! Eu sou inteligente. Tenho senso, noção, idéia. É tudo tão real na minha visão.

O que devia ser feito é neutralizado. Postergado. Aí que entra a omissão. Não era pra ser assim. Pela ordem natural das coisas, devia detestar um e adorar o outro. As reações deveriam ser justas. Mas não são. Merda!

Tento. Tenho tentado. Na grande maioria do tempo consigo. Mas sempre tem algum laço, alguma merda de necessidade, e é mesmo (não é desculpa). E todo o trajeto no qual me mantive firme, obstinada, olhando lá na frente é desconjuntando por essa queda. Não caio. Parece até que me empurram. Eu não piso nas pedras grandes, logo as enxergo. Mas as pequenas, essas me lascam. E eu sinto no final que todo o esforço que fiz durante dias a fio não serviram pra nada diante de uma fração de segundos em que me perco.

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